Sucessão no Paraná: o jogo começou
A sucessão do governador Ratinho Júnior (PSD) já movimenta o tabuleiro político do Paraná. Com sua candidatura presidencial perdendo força, Ratinho deve cumprir o mandato até o fim e apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como nome da direita nacional em 2026.
Enquanto isso, a disputa interna pela bênção do governador esquenta. Estão no páreo o vice Darci Piana, o presidente da Alep Alexandre Curi, o secretário Guto Silva e o ex-prefeito Rafael Greca, hoje secretário do Desenvolvimento Sustentável. Ratinho mandou que todos “corram o trecho” — a definição oficial só virá em junho, na véspera das convenções.
Nos bastidores, rachas regionais dividem o grupo governista: a “República de Jandaia do Sul”, liderada por João Ortega, veta Guto Silva, da “República de Pato Branco”, acusando-o de afastamento das bases políticas.
Fora do governo, Sergio Moro (União Brasil) surge como o adversário a ser abatido. O senador tenta unificar o União com o PP e atrair dissidentes do PSD, mas enfrenta resistência do grupo de Ricardo Barros. Pesquisas mostram vantagem para Moro, o que pressiona por sua confirmação como candidato.
Na oposição, o PT promete disputar o governo e uma vaga no Senado; o PDT já confirma Requião Filho como candidato. PSOL e PSTU estudam lançar chapas próprias.
A vitória tributária de Lula na Câmara alterou o cenário: com o Centrão focado nas eleições federais, as decisões estaduais ficaram para junho, o que atrasa os planos de Moro.
Entre rumores, fala-se até em um “pacto tácito” entre setores do PT e o grupo de Moro para investigar contratos e privatizações conduzidos por Guto Silva.
Enquanto isso, os pré-candidatos percorrem o estado: Greca aposta na sustentabilidade, Curi reforça o municipalismo, e Guto acelera obras urbanas.
Em resumo:
- Ratinho não disputará o Planalto se Tarcísio for candidato.
- A sucessão interna será decidida em junho.
- Moro lidera a oposição, mas enfrenta resistências.
- A esquerda se reorganiza e promete confronto direto.
- O jogo político do Paraná segue aberto — e cada vez mais nacionalizado
jogo do Paraná está vivo, e nacionalizado. Ratinho administra tempo e vaidades; Moro corre contra a insegurança partidária; PT, PDT e a esquerda afiam suas lanças. Abril e junho são as curvas decisivas.
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